A Petrobras voltou aos holofotes do mercado financeiro nesta quarta-feira, um dia depois de a agência de classificação de risco Moody's rebaixar sua principal nota de crédito, tirando a empresa o grau de investimento. A notícia, divulgada na noite de terça-feira, levou os acionistas a uma corrida pela venda dos papéis da empresa na BM&FBovespa e, consequentemente, os papéis da estatal despencaram neste pregão. No fim da sessão, as ações preferenciais da Petrobras, aquelas sem direito a voto no Conselho de Administração, fecharam em queda de 4,87%, cotadas a 9,38 reais cada. Já as ordinárias, com direito a voto, recuaram 4,52%, a 9,30 reais. Os papéis chegaram a cair mais de 7% no meio do dia, mas as perdas diminuíram um pouco. Isso ajudou o Ibovespa, que também caiu – na mínima da sessão, a queda era 1,56%, mas o principal índice da Bolsa fechou com queda de apenas 0,12%, aos 51.811 pontos. O rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras foi rebaixado pela Moody's em dois degraus, passando de "Baa3", que é a última nota da escala de grau de investimento da agência de classificação, para "Ba2". Além disso, a Moody's manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento. A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a cortar o rating da Petrobras para o nível especulativo. Fitch e Standard & Poor's avaliam a estatal atualmente como "BBB-", no piso do nível de grau de investimento. Mas a Fitch colocou essa classificação em observação negativa, o que significa que um rebaixamento é possível nos próximos meses. Um segundo corte pode ter um impacto ainda mais significativo sobre títulos e ações da Petrobras, uma vez que muitos gestores de fundos só podem investir em empresas que são classificadas com grau de investimento por pelo menos duas agências de risco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário