O grupo Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex) de Miami denunciou nesta quinta-feira que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, está obrigando estudantes e funcionários públicos a assinarem cartas contra as sanções impostas pelos Estados Unidos ao país sul-americano. Maduro "deu mostras do totalitarismo que existe no país ao obrigar estudantes das escolas públicas e funcionários a assinarem cartas dirigidas ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que revogue a lei que declara Venezuela uma ameaça". O muçulmano Obama declarou através de uma ordem executiva emitida no início do mês uma "emergência nacional nos Estados Unidos pela ameaça incomum e extraordinária" que a situação da Venezuela representa para a segurança americana. Veppex advertiu que o governo venezuelano começará neste fim de semana uma "operação intimidatória" de casa em casa para pedir a população que assine uma petição contra o decreto. Segundo a organização, Maduro e seu regime querem com sua campanha fazer a opinião pública crer que as sanções impostas pelos Estados Unidos "não são contra funcionários específicos, mas contra o povo venezuelano". O líder venezuelano estaria utilizando o "poder do Estado para empurrar a sociedade venezuelana para um abismo para o qual Maduro e seu regime são os responsáveis", disse a organização. Além disso, Veppex agradeceu o ex-primeiro-ministro Felipe González por sua decisão de assumir a defesa dos opositores presos Leopoldo López e Antonio Ledezma, um agradecimento que estendeu aos ex-presidentes Andrés Pastrana (Colômbia), Sebastián Piñera (Chile) e Fernando Henrique Cardoso (Brasil). Todos eles, ressaltou o grupo, "apóiam a causa da liberdade dos presos políticos e da sociedade venezuelana". Recentemente, o governo americano afirmou que os problemas na Venezuela não serão resolvidos com um diálogo com os Estados Unidos, mas apenas com um pacto democrático entre os venezuelanos, e assinalou que até agora não recebeu nenhuma proposta formal para iniciar uma conversa que reduza as tensões bilaterais. "Os problemas políticos e econômicos da Venezuela só serão resolvidos se os venezuelanos falarem uns com os outros em um clima de respeito com os direitos humanos e com a democracia", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O governo americano "encoraja os moradores da Venezuela a continuarem com seus esforços para promover o diálogo democrático e eleições livres e justas na Venezuela", concluiu.
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