Na tentativa do Planalto de reverter a queda de popularidade de Dilma Rousseff (PT), a presidente participou, na tarde desta sexta-feira, da inauguração do parque eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. Dilma chegou ao local às 15h15min, após se deslocar de Pelotas, onde desembarcou pouco antes das 14 horas, até o município em helicóptero, acompanhada do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, do ministro das Relações Institucionais, o trotskista gaúcho Pepe Vargas, e do governador José Ivo Sartori (PMDB). Ao chegar no parque eólico, a presidente petista foi aplaudida por uma platéia petista que a aguardava e o governador Sartori foi vaiado, naturalmente. Mas, do lado de fora do pavilhão da cerimônia, centenas protestavam contra a petista Dilma, ao lado de caminhoneiros. Sartori comemorou a inauguração do parque eólico: "Buscar novas alternativas estratégicas é uma pauta que une a todos. É uma imposição moral que se impõe à nossa geração, que tem outra visão da sociedade e outra forma de constituir a energia que faz o crescimento das comunidades. É uma questão de responsabilidade com nossos filhos, netos e bisnetos". Mas, nenhuma autoridade, em uma prova de completo autismo, fez uma só referência aos protestos nacionais dos caminhoneiros. A petista Dilma usou sua fala durante a inauguração para justificar o aumento nos preços no setor de energia: "Os aumentos nos preços de energia são passageiros e são em função do fato de que o País enfrenta a maior falta de água dos últimos cem anos. Isso não significa que vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica. Não iremos ter. Mas também não significa que vamos sair por aí jogando energia pela janela e não consumindo de forma racional".
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