A Eletrobras investirá R$ 350 milhões na área socioambiental no entorno das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3 como contrapartida contratual até a entrada em operação da terceira unidade, prevista para 2018. Entre 2009 e 2014, a estatal investiu em ações do setor socioambiental R$ 270 milhões. Nos últimos seis anos, foram firmados pela estatal 36 convênios com as prefeituras de Angra dos Reis, Paraty e Rio Claro e entidades para o desenvolvimento, criação e execução de projetos. Um dos projetos de destaque em 2015, em Paraty, é a construção de uma grande escola municipal, baseada em projetos socioambientais, que incluem aproveitamento de água de chuva, telhado verde e ventilação especial. “Ela está toda projetada para ter o melhor estado da arte da engenharia em relação à contribuição para o bem estar do planeta”, disse coordenador de Responsabilidade Socioambiental e Comunicação da estatal, Paulo Gonçalves. Os investimentos somam cerca de R$ 10 milhões. A cidade será beneficiada também com a reforma do hospital local, que terá criada uma ala específica para atendimento de emergência, com investimentos da Eletronuclear de R$ 12 milhões. Tanto o hospital como a escola municipal deverão estar funcionando no final de 2016. Na área de saneamento, já em andamento, a Eletronuclear investirá este ano R$ 20 milhões de um total estimado de R$ 100 milhões. Em Rio Claro serão aplicados R$ 1,7 milhão na área de saneamento, para construção de fossas sépticas nos bairros do município. O projeto tem previsão de ser implantado em um ano. Será feita a reforma de creches, com recursos de R$ 1,2 milhão. A cidade abrigará também um grande centro gastronômico para capacitação da população da região, “unindo a parte de geração de renda e cultura”. A Eletronuclear está avaliando no momento o projeto de saneamento de Angra dos Reis, no qual vai investir R$ 46 milhões. As obras começarão ainda este ano e se estenderão até o final de 2016. “Aí é saneamento integrado, com elevatórias, construção de estações de tratamento de esgoto. É um projeto grandioso”. A estatal prevê investir R$ 11 milhões no projeto Cinturão Verde para a contenção do uso do solo e reflorestamento de encostas. O coordenador de Responsabilidade Socioambiental salientou outro projeto já iniciado em parte, com dotação de até R$ 6,5 milhões, referente ao aparelhamento da Secretaria Municipal de Defesa Civil de Angra dos Reis: “Ele tem um valor alto, porque é nossa preocupação, em função do plano de emergência, ter uma defesa civil bem equipada”. A empresa vai reformar também os antigos postos de saúde de Angra dos Reis, com recursos de R$ 6,8 milhões. “Esse é outro projeto urgente para começar agora em 2015”. Será assinado este ano convênio para o aparelhamento da Santa Casa de Angra dos Reis, com valor de R$ 4 milhões. Para o Hospital de Japuíba, que já recebeu investimentos de R$ 21 milhões entre 2010 e 2011, serão direcionados mais R$ 12 milhões para a compra de equipamentos e mobiliário. Na pavimentação da Estrada Paraty-Cunha, a estatal está investindo R$ 42 milhões de um total de R$ 92 milhões previsto. O restante reúne recursos próprios da prefeitura de Paraty e financiamentos dos governos federal e estadual. A revitalização da estrada deve-se também à sua importância histórica e cultural, porque foi a primeira estrada construída no país para o escoamento do ouro e pedras preciosas de Minas Gerais até o Rio de Janeiro, além de circulação de tropeiros, outras mercadorias e escravos. Esse trecho é conhecido como o “Caminho do Ouro”. “Estamos fazendo até o resgate do Instituto Histórico e Artístico de Paraty. Encomendamos um estudo sobre as partes da estrada que eram utilizadas no Caminho do Ouro”.
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