Em uma cerimônia marcada por muita emoção e reflexões sobre a barbárie cometida pelos nazistas, diversas delegações internacionais, personalidades e sobreviventes lembraram hoje (27) os 70 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazista, instalado pelo governo de Adolf Hitler no Sul da Polônia. De acordo com alguns sobreviventes da época, o frio e a neve vistos no local eram semelhantes aos encontrados pelas tropas soviéticas quando chegaram ao campo de concentração, em 27 de janeiro de 1945, para libertar milhares de prisioneiros em cativeiro. A cerca de 60 quilômetros de Cracóvia, uma das principais cidades polonesas, Auschwitz recebeu hoje 300 sobreviventes do campo de extermínio da 2ª Guerra Mundial, saudados pelo presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, que abriu a cerimônia. Ele ressaltou que o país se tornou depositário da memória de Auschwitz e do Holocausto, dois símbolos de um "genocídio totalitário", e pediu ao mundo que tente evitar que outra tragédia como aquela volte a acontecer. Durante a cerimônia, que teve a presença de chefes de Estado europeus - como os da Alemanha, França, Áustria e Ucrânia -, houve muitos momentos de emoção nos testemunhos dos sobreviventes. A ex-prisioneira polonesa do campo de concentração Halina Birenbaum, que vive em Israel, lamentou que, se Auschwitz existiu por cinco anos, é porque todo mal é possível no mundo. “Contra isso temos de lutar”, disse. Halina também agradeceu pela conservação dos objetos e documentos que mantêm viva, ao mundo, a memória da barbárie que ela e milhares de pessoas sofreram no cativeiro. Roman Kent, outro sobrevivente, ressaltou que é importante educar as novas gerações para que entendam o que se passou ali e ensiná-los a ter tolerância e compreensão, em casa e nas escolas. “É preciso atuar, não só recordar”, disse. Entre as personalidades presentes estavam o cineasta judeu Steven Spielberg, diretor do filme "A Lista de Schindler", que retrata a barbárie no campo. Também foi exibido um documentário de 15 minutos, produzido com a colaboração do Museu-Memorial Auschwitz-Birkenau. A atriz norte-americana Meryl Streep, ganhadora de várias estatuetas do Oscar, narrou o documentário. Depois dos testemunhos, os sobreviventes e demais autoridades colocaram velas em um monumento dedicado às vítimas do campo. O presidente russo, Vladimir Putin, que não foi à cerimônia, criticou uma suposta tentativa de reescrever a história, e ressaltou que foi o “Exército Vermelho”, da então União Soviética, que determinou “o fim da monstruosidade e da barbárie implacável nazista” e “salvou do extermínio não só judeus, mas também outros povos da Europa e do mundo”. O presidente norte-americano Barack Obama declarou que nunca serão esquecidos os 6 milhões de judeus e todas as outras vítimas dos nazistas e, assim como um dos sobreviventes, pediu à comunidade internacional que assegure que uma situação semelhante não se repita. Pelo Twiiter, o papa Francisco também se pronunciou sobre o assunto: “Auschwitz gritou a dor de um sofrimento terrível e reclama um futuro de respeito, de paz e de aproximação entre os povos". O governo brasileiro divulgou nota lembrando que a data foi instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2005, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, ressaltando que recordar e honrar as vítimas não é apenas um dever moral, mas também uma arma poderosa na luta contra o ressurgimento das condições que deram origem ao Holocausto. “Em momento de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo, o compromisso de cada país, individualmente, e o contínuo aprimoramento dos instrumentos de proteção dos direitos humanos, tarefa na qual o governo da presidenta Dilma Rousseff está firmemente empenhado, são fundamentais para assegurar o fim de todas as formas de discriminação”, disse o Itamaraty por meio de nota. Essa diplomacia vagabunda do Itamaraty no regime petralha deveria se lembrar que os muçulmanos contribuíram com divisões islâmicas para os exércitos nazistas.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Emoção de líderes mundiais e sobreviventes marca cerimônia em Auschwitz
Em uma cerimônia marcada por muita emoção e reflexões sobre a barbárie cometida pelos nazistas, diversas delegações internacionais, personalidades e sobreviventes lembraram hoje (27) os 70 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau, o maior campo de extermínio nazista, instalado pelo governo de Adolf Hitler no Sul da Polônia. De acordo com alguns sobreviventes da época, o frio e a neve vistos no local eram semelhantes aos encontrados pelas tropas soviéticas quando chegaram ao campo de concentração, em 27 de janeiro de 1945, para libertar milhares de prisioneiros em cativeiro. A cerca de 60 quilômetros de Cracóvia, uma das principais cidades polonesas, Auschwitz recebeu hoje 300 sobreviventes do campo de extermínio da 2ª Guerra Mundial, saudados pelo presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, que abriu a cerimônia. Ele ressaltou que o país se tornou depositário da memória de Auschwitz e do Holocausto, dois símbolos de um "genocídio totalitário", e pediu ao mundo que tente evitar que outra tragédia como aquela volte a acontecer. Durante a cerimônia, que teve a presença de chefes de Estado europeus - como os da Alemanha, França, Áustria e Ucrânia -, houve muitos momentos de emoção nos testemunhos dos sobreviventes. A ex-prisioneira polonesa do campo de concentração Halina Birenbaum, que vive em Israel, lamentou que, se Auschwitz existiu por cinco anos, é porque todo mal é possível no mundo. “Contra isso temos de lutar”, disse. Halina também agradeceu pela conservação dos objetos e documentos que mantêm viva, ao mundo, a memória da barbárie que ela e milhares de pessoas sofreram no cativeiro. Roman Kent, outro sobrevivente, ressaltou que é importante educar as novas gerações para que entendam o que se passou ali e ensiná-los a ter tolerância e compreensão, em casa e nas escolas. “É preciso atuar, não só recordar”, disse. Entre as personalidades presentes estavam o cineasta judeu Steven Spielberg, diretor do filme "A Lista de Schindler", que retrata a barbárie no campo. Também foi exibido um documentário de 15 minutos, produzido com a colaboração do Museu-Memorial Auschwitz-Birkenau. A atriz norte-americana Meryl Streep, ganhadora de várias estatuetas do Oscar, narrou o documentário. Depois dos testemunhos, os sobreviventes e demais autoridades colocaram velas em um monumento dedicado às vítimas do campo. O presidente russo, Vladimir Putin, que não foi à cerimônia, criticou uma suposta tentativa de reescrever a história, e ressaltou que foi o “Exército Vermelho”, da então União Soviética, que determinou “o fim da monstruosidade e da barbárie implacável nazista” e “salvou do extermínio não só judeus, mas também outros povos da Europa e do mundo”. O presidente norte-americano Barack Obama declarou que nunca serão esquecidos os 6 milhões de judeus e todas as outras vítimas dos nazistas e, assim como um dos sobreviventes, pediu à comunidade internacional que assegure que uma situação semelhante não se repita. Pelo Twiiter, o papa Francisco também se pronunciou sobre o assunto: “Auschwitz gritou a dor de um sofrimento terrível e reclama um futuro de respeito, de paz e de aproximação entre os povos". O governo brasileiro divulgou nota lembrando que a data foi instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em dezembro de 2005, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, ressaltando que recordar e honrar as vítimas não é apenas um dever moral, mas também uma arma poderosa na luta contra o ressurgimento das condições que deram origem ao Holocausto. “Em momento de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo, o compromisso de cada país, individualmente, e o contínuo aprimoramento dos instrumentos de proteção dos direitos humanos, tarefa na qual o governo da presidenta Dilma Rousseff está firmemente empenhado, são fundamentais para assegurar o fim de todas as formas de discriminação”, disse o Itamaraty por meio de nota. Essa diplomacia vagabunda do Itamaraty no regime petralha deveria se lembrar que os muçulmanos contribuíram com divisões islâmicas para os exércitos nazistas.
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