O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo autorizou o processo de recuperação judicial da Alumini Engenharia, empresa que presta serviço à Petrobras na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No despacho do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, com data desta terça-feira (20), ficou estabelecido que a consultoria Delloite responderá como administradora judicial neste processo. A Alumini foi a primeira empresa citada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a entrar com pedido de recuperação judicial. Na semana passada, trabalhadores da companhia participaram do protesto contra demissões e atrasos de salários de empresas fornecedoras da Petrobras. Eles bloquearam os acessos às obras do Comperj, refinaria da estatal em construção no município de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Desde novembro, a Alumini já demitiu 500 funcionários da obra do Comperj, que não receberam todos seus encargos trabalhistas. Até o último dia 15 de janeiro, outros 2.500 empregados estavam com salários referentes a dezembro atrasados. Na semana passada, após a decisão de entrar com pedido de recuperação judicial, a empresa alegou que esta medida visa "assegurar os empregos de seus mais de seis mil funcionários e a manutenção de suas atividades". Em nota, a Alumini informou na ocasião que teria a receber R$ 1,2 bilhão da Petrobras. A estatal contesta o valor citado pela empresa.
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