O Brasil importou energia da Argentina para complementar a oferta brasileira pela terceira vez consecutiva nesta quinta-feira. Na terça-feira, um dia depois do apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal, o País comprou 998 MW para atender a demanda no horário de pico, às 14h48. Na quarta-feira, foram mais 798 MW, às 15h29. Os números desta quinta-feira só deverão ser publicados nesta sexta-feira. Segundo um técnico do governo, a Argentina tem mandado tudo que sobra para o Brasil. Com os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste em 17,43% e com consumo batendo recordes em horário de ponta, o País não quer correr risco de novo blecaute, afirmou a fonte. As regiões Sudeste e Centro-Oeste do País registraram novo recorde histórico de consumo de energia na quarta-feira, 21, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Às 14h32, a carga de energia enviada para a área Sudeste/Centro-Oeste, tratada como uma única região pelo ONS, chegou a 51.894 megawatts (MW). Até então, a máxima registrada em SE/CE havia ocorrido na segunda-feira, dia do apagão, com carga de 51.447 MW. A seca que atinge as Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste reduziu tanto o nível dos reservatórios que, se não chovesse nada nas próximas semanas, a quantidade de água armazenada daria apenas para um mês de consumo de energia no Brasil. Os dados foram compilados pelo Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), com base em dados do ONS. "Não vimos essa situação nem em 2001 (ano do racionamento)", diz o presidente do Ilumina, Roberto Pereira D'Araújo.
Um comentário:
A Argentina deve estar com reservatórios bem cheios porque no ano passado Buenos Aires sofria com apagões constantes.
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