O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, negou nesta sexta-feira o pedido de liberdade da defesa do empresário Fernando Soares, conhecido com Fernando Baiano, e outros dois presos ligados à empreiteira OAS. Além de não encontrar ilegalidade na decretação das prisões, o ministro entendeu que, conforme jurispridência do STJ, a gravidade do modus operandi dos investigados justifica a prisão cautelar. Todos foram presos na Operação Lava-Jato e estão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Além do empresário, o presidente negou liberdade a José Aldelmário Filho, presidente da OAS, e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da empreiteira. De acordo com o Ministério Público Federal, a OAS e outras empresas investigadas na Operação Lava-Jato participavam de um "clube" para acertar quem venceria licitações com a Petrobras. Seis pessoas ligadas a OAS já se tornaram réus em ações penais na Justiça Federal em Curitiba. Fernando Baiano é acusado de cobrar propina para intermediar a compra de equipamentos para a Petrobras. No entanto, seus advogados negam as acusações de negócios ilícitos com a estatal. Segundo o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, há provas de que Soares recebeu "valores milionários em contas no Exterior". Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o investigado arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos com a Petrobras.
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