sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Publicação da lista da propina pelo Estadão leva oposição a reforçar idéia da necessidade de nova CPI do Petrolão


Após divulgação, nesta sexta-feira, 19, da lista com 28 políticos da propina do esquema de corrupção na Petrobras, os líderes do PSDB, DEM e PPS na Câmara dos Deputados afirmaram que a necessidade uma nova CPI para investigar a estatal foi reforçada. “Sem sombra de dúvida, esse novo fato mostra que é preciso aprofundar as investigações em uma nova comissão”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Na avaliação do parlamentar, outros nomes deverão vir à tona além dos citados por Paulo Roberto Costa. “O volume de dinheiro é tão grande, são tantas empresas envolvidas e tantos negócios que acho que tem mais nomes a serem divulgados, porque esses são só os citados pelo Costa, ainda falta a (lista) do Youssef”, afirmou o líder do PPS. Entre os citados na lista de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto neste ano. Ao afirmar que essas revelações dão mais argumento uma nova comissão de investigação do Petrolão, o deputado tucano Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, declarou que o partido defende que haja a investigação de todos. “Nós esperamos que tudo fique absolutamente esclarecido e penalidades sejam aplicadas à medida que eventualmente forem comprovados crimes”, disse. Em seus depoimentos, Paulo Roberto Costa citou também o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os ex-ministros Antonio Palloci (Fazenda e Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades), o governador do Acre, Tião Vianna (PT), os ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), além de deputados e senadores de PT, PMDB, PSDB e PP. Os parlamentares da oposição na Câmara, no entanto, foram cautelosos e ponderaram que as denúncias precisarão ser comprovadas. “Eu não vou pré-julgar ninguém. Eu acho que as denúncias são graves, mas fazem parte de um processo que envolvem uma delação, e o delator terá obrigação de comprovar o que ele afirma”, observou Mendonça Filho.

Nenhum comentário: