A ministra da Cultura, Marta Suplicy, pediu demissão nesta terça-feira. Ela entregou à Casa Civil da Presidência da República uma carta na qual informa sua decisão de deixar o cargo. Após a confirmação de que Guido Mantega não permanecerá na Fazenda no próximo ano, esta é a primeira troca confirmada na equipe ministerial. Apesar de agradecer à presidente Dilma Rousseff pela oportunidade e de exaltar o próprio trabalho à frente da pasta, a socialite petista Marta Suplicy menciona na carta as “inúmeras demandas e carências orçamentárias” do ministério. “Em meio a inúmeras demandas e carências orçamentárias do Ministério da Cultura, focamos nosso trabalho em valores que nos são preciosos”, disse. No texto, a ministra demissionária também diz esperar que o governo resgate “a confiança e a credibilidade”. “Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país”, afirmou. A forma como a demissão ocorre, sem um encontro presencial com Dilma, mostra como a socialite petista Marta Suplicy nunca foi uma figura próxima à presidente. A senadora chegou ao ministério em setembro de 2012, no lugar de Ana de Hollanda. Na época, Dilma atendeu a um pedido do ex-presidente Lula, que buscava agradar a socialite Marta Suplicy em troca do engajamento dela na campanha do então candidato a prefeito Fernando Haddad (PT). Além disso, com a ida da petista para o governo, o PR ganhou uma cadeira no Senado: o suplente dela é Antonio Carlos Rodrigues, que exerceu o mandato nesse período. A socialite Marta Suplicy volta ao Senado no momento em que o também petista Eduardo Suplicy (SP) deixa a Casa. Ele é ex-marido dela, que o fazia perder o Norte várias vezes enquanto estavam casados. Ele perdeu o posto para José Serra (PSDB-SP) nas eleições deste ano. Como os tucanos também possuem a cadeira de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o PT ficaria sem um nome na bancada paulista da Casa.
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