A presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite desta quinta-feira com deputados e senadores petistas no Palácio da Alvorada. O encontro, que durou cerca de uma hora e meia, também teve a participação de ministros e de quatro governadores eleitos pelo partido. O objetivo principal do evento foi aproximar Dilma de sua base partidária no Congresso. Não houve discursos: Dilma conversou com convidados individualmente e em grupos. Ela tirou fotografias com diversos deles e disse que, apesar de estar cansada por causa da exaustiva campanha eleitoral, está disposta a ampliar o diálogo com os aliados. Apesar do encontro informal, os parlamentares elogiaram a disposição da presidente em recebê-los, o que ocorreu poucas vezes até agora. A falta de diálogo com a base aliada é uma das características mais criticadas do governo no Congresso. "O contato social cria um bom ânimo", disse após o encontro vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O deputado José Guimarães (PT-SP) também gostou do coquetel: "A presidente foi muito atenciosa com nós todos. Cada um que chegava ela perguntava como estava. Acho que é um novo momento", disse ele. O evento mais significativo do dia para os petistas, entretanto, ocorreu mais cedo, quando os senadores da sigla que terão mandato pelos próximos quatro anos foram a São Paulo e se reuniram com o ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr. em seu livro "Assassinato de Reputações"). O líder petista tratou das dificuldades que a base pode encontrar a partir de 2015, quando a oposição vai estar fortalecida na Casa com a chegada de nomes como José Serra (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
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