segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Denúncias contra Transpetro serão julgadas no Rio de Janeiro
As denúncias do Ministério Público Federal de Araçatuba, de fraude na licitação de 80 barcaças e 20 empurradores, serão julgadas pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, a pedido da Transpetro. Inicialmente, o processo havia sido enviado pelo Ministério Público Federal à Justiça de São Paulo. Mas a subsidiária alegou que a sua sede está localizada no Rio de Janeiro. Depois de 30 dias de avaliação pela Justiça de São Paulo, a juíza Rosa Maria Pedrassi de Souza decidiu acatar o pedido da Transpetro, por considerar que, caso seja culpada, caberá à empresa a "reparação dos danos eventualmente causados ao patrimônio". O contrato para a construção dos comboios custou R$ 432 milhões à Transpetro, mas o Ministério Público Federal identifica que R$ 70 milhões devem ser ressarcidos ao erário. O valor equivale a duas vezes o prejuízo estimado com a fraude na licitação, de R$ 21,9 milhões, mais multas contratuais. Para garantir a recuperação do dinheiro do Tesouro, o Ministério Público Federal pediu liminar que garanta a indisponibilidade dos bens de todos os citados no processo, como o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, membros de sua equipe envolvidos na licitação, executivos do consórcio vencedor da concorrência, além de representantes da Cooperhidro, que arrendou área para a construção dos comboios, e da Prefeitura de Araçatuba (SP), onde estão sendo construídas as embarcações. Ao todo, são citados 18 réus e dez empresas no processo.
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