Marquito Figueroa no momento de sua prisão em Boa Vista (RR) (Divulgação / Polícia Nacional da Colômbia/VEJA)
O traficante mais procurado da Colômbia, Marcos de Jesús Figueroa García, de 47 anos, preso nesta quarta-feira em Boa Vista (RR), é investigado em mais de 100 inquéritos e acusado de participar de pelo menos 250 assassinatos — entre as vítimas, há autoridades colombianas, como políticos, juízes e promotores. Mais conhecido como Marquito Figueroa, por causa da baixa estatura, ele é apontado como o chefe de uma quadrilha de narcotráfico e contrabando de armas, que atua no norte da Colômbia, na fronteira com a Venezuela. Segundo a Polícia Federal, há indícios de que ele tenha ligações com células das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) e com a facção criminosa mexicana Los Zetas. O traficante foi transferido nesta quinta-feira para São Paulo em um avião da Polícia Federal. Ele deve permanecer preso na capital paulista até que o governo colombiano formalize um pedido de extradição, que pode ser feito em sessenta dias. Figueroa foi detido em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Nacional Colombiana, em um bairro de classe média alta de Boa Vista. A prisão foi anunciada pelo presidente do país, Juan Manuel Santos, como uma “captura de altíssimo valor”. O governo do país havia estipulado uma recompensa de 350 milhões de pesos (625.000 reais) para quem compartilhasse informações sobre o seu paradeiro. Em agosto deste ano, as autoridades colombianas informaram à Polícia Federal que o traficante estava morando no Brasil. Segundo o adido policial da Colômbia no Brasil, Narcizo Martinez, dois policiais infiltrados no grupo de Figueroa possibilitaram a descoberta do seu esconderijo. Ligações grampeadas feitas por oito mulheres do traficante confirmaram a sua residência em Boa Vista. “Há muitos anos procurávamos esse delinquente. Ele tem cinco ordens de captura por diferentes delitos, entre eles narcotráfico, contrabando, formação de quadrilha e homicídios. Acreditamos que tenha cometido mais de 250 homicídios, inclusive de autoridades e políticos ligados a prefeitos", disse Martinez, em coletiva concedida, nesta quinta-feira, na sede da Polícia Federal em Brasília.
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