O brilhante jornalista Guilherme Fiuza publicou recentemente um livro (Editora Record) intitulado “Não é a Mamãe”. Trata-se de uma coletânea de artigos seus escritos durante os quatro anos de gestão da nossa governanta. “Não é a mamãe”, como vocês devem saber, era o bordão do bebê dinossauro quando Dino, seu pai, o pegava no colo. É isto: se não tomar cuidado, a petista ainda termina esta campanha convertida num brontossauro.
Acusar, a esta altura, a candidata do PSB à Presidência de ser neoliberal é menos do que uma desqualificação: é só uma bobagem. Pra começo de conversa, nunca houve um troço chamado “neoliberalismo”, a não ser na cabeça perturbada das esquerdas.
O PT tachou de “neoliberais” as medidas adotadas no governo FHC como privatização de estatais, Lei de Responsabilidade Fiscal e o famoso tripé macroeconômico. No poder, o PT aderiu às privatizações, mas o fez tardiamente. Tornou sacrossanta a LRF e, em tese ao menos, aderiu ao tal tripé. Fosse uma adesão sincera, Dilma não estaria na encalacrada em que está agora.
A crítica é só uma bobagem, parte do capítulo que pretende transformar as eleições numa disputa entre os que são e os que não são “a favor do povo”. Diante das evidências do escândalo milionário do PT da Bahia, saiu-se com a cascata de sempre: “Ah, primeiro é preciso investigar…”. Claro que sim! Só que se cobrou dela uma resposta política, não penal. “Não é a mamãe”? É a mamãe… dinossaura! Por Reinaldo Azevedo
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