Por Gabriel Castro, na VEJA.com: Estimulada pela queda de Marina Silva nas últimas pesquisas, a presidente-candidata Dilma Rousseff continua ampliando o repertório de críticas à adversária: nesta quinta-feira, a petista afirmou que a proposta de política econômica da ex-senadora é “neoliberal”. Ao comentar as propostas de Marina Silva durante uma entrevista em Feira de Santana (BA), Dilma ressuscitou o termo abandonado pelos petistas desde que chegaram à Presidência da República, nas eleições de 2002, e implementaram políticas semelhantes à dos antecessores na economia.
“A candidata tem um modelo de política econômica extremamente conservador e neoliberal. Não só pretende atender prioritariamente os bancos, mas também ela tem uma política conservadora. Ela já falou em flexibilizar direitos trabalhistas, em reduzir o papel dos bancos públicos”, afirmou a presidente, apontando que as medidas impossibilitariam o Minha Casa, Minha Vida, programa federal de agricultura familiar e os financiamentos à indústria.
Dilma ainda afirmou que suas críticas são apenas uma resposta à adversária: “Quando a gente responde, ela se vitimiza e diz que está sendo atacada”. A presidente disse não acreditar que seja necessário um ajuste fiscal, como proposto por Marina Silva, para colocar as finanças em ordem. “Ajuste fiscal não é necessário dessa forma que a candidata disse que fará, porque o Brasil não está desequilibrado, não tem crise cambial.”
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A rápida entrevista foi concedida antes de um ato eleitoral no centro de Feira de Santana. Dilma seguiu em carro aberto pela região mais movimentada da cidade. Ao lado dela, estavam figuras acusadas de participar de desvios no Fundo de Combate à Pobreza no Estado. Como mostrou VEJA, uma ONG era usada para distribuir dinheiro a políticos locais.
A rápida entrevista foi concedida antes de um ato eleitoral no centro de Feira de Santana. Dilma seguiu em carro aberto pela região mais movimentada da cidade. Ao lado dela, estavam figuras acusadas de participar de desvios no Fundo de Combate à Pobreza no Estado. Como mostrou VEJA, uma ONG era usada para distribuir dinheiro a políticos locais.
O deputado Nelson Pelegrino e o candidato petista ao governo, Rui Costa, citados pela ex-presidente da ONG, e o governador Jaques Wagner, em cujo governo os desvios aconteceram, estiveram ao lado de Dilma Rousseff durante o evento, que reuniu centenas de pessoas na região central de Feira de Santana. Questionada pelo site de VEJA, Dilma afirmou que “as respostas” sobre o tema já foram dadas. ”Eu acredito que todas as respostas sobre essa questão foram dadas. Eu tenho uma posição claríssima quanto a denúncias: elas são feitas para serem investigadas, apuradas, e os responsáveis presos e condenados”, disse, diante de Rui Costa e Wagner.
A presidente também afirmou que é preciso aguardar os desdobramentos do caso: “As pessoas têm direito de defesa. Antes de vocês condenarem, é fundamental que se saiba quais são as provas e quem está envolvido. Porque, caso contrário, você mistura uma pessoa direita, correta, com uma pessoa que não é correta”. Por Reinaldo Azevedo
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