domingo, 14 de setembro de 2014
Marina Silva compara campanha de Dilma à tática de Collor
Em mais um capítulo do fogo cruzado com a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT), a postulante do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na sexta-feira que Dilma utiliza a mesma tática que ex-presidente Fernando Collor de Mello adotou em 1989 na campanha contra Lula. Segundo ela, a estratégia petista é baseada em mentiras e difamação. "Vi Collor de Mello ganhar a eleição contra o Lula usando a mesma estratégia que a presidente Dilma está utilizando. Não foi um resultado bom, porque dividiu o País. Quero ganhar a eleição com base no debate, nas propostas, não na indústria da calúnia, do boato, do preconceito e da difamação. O mesmo punhal enferrujado está sendo usado agora contra mim", declarou Marina Silva no evento "Visões do Futuro", da Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro do Rio de Janeiro. Marina Silva virou o principal alvo de Dilma em discursos e na propaganda televisiva. O objetivo dos ataques do PT é destruir a imagem da candidata pessebista. Mas a presidenciável do PSB tenta agora reagir à ofensiva, ressaltando falhas do governo Dilma, especialmente na gestão da Petrobras, e as promessas não-cumpridas pela presidente. "Foi dito para as mulheres que teriam 6.000 creches para seus filhos. Apenas 400 foram feitas em quatro anos. O discurso no programa eleitoral, de onze minutos, cria uma ilha da fantasia, onde tudo funciona", criticou Marina Silva. Depois de ser acusada de planejar uma desaceleração dos investimentos na exploração do petróleo da camada pré-sal, Marina Silva voltou a dizer aos empresários que defende a produção petrolífera. No dia anterior, ela participou de evento no Clube de Engenharia, em que reafirmou o compromisso de manter leilões de petróleo e as regras de aplicação de royalties. A candidata do PSB também voltou a cobrar que Dilma e o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, apresentem seus programas de governo. "Os dois candidatos ainda não apresentaram os seus programas. E dizem que estão preocupados com as nossas ideias. Assinar cheque em branco é perigoso", declarou.
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