A Assessoria de Comunicação Social do governo José Fortunati (PDT) na prefeitura de Porto Alegre distribuiu está matéria a seguir pela Internet. Ela é absolutamente não verdadeira (para ser gentil) e absolutamente não corresponde à realidade. Leia a matéria, depois comentarei:
"Capital é referência para municípios que devem acabar com lixões
A necessidade de erradicar os lixões é um dos temas centrais da 64ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que reúne os gestores de diversas cidades do Brasil em Porto Alegre. O prazo estabelecido na Política Nacional de Resíduos Sólidos para o fim dos depósitos irregulares termina em agosto do ano que vem, mas estima-se que apenas 20% dos municípios brasileiros conseguiram concluir e publicar seus planos municipais. Nesta quinta-feira, 28, os prefeitos discutiram a necessidade de ampliação do prazo para a regularização dos municípios e as alternativas para resolver de forma efetiva esse grave problema ambiental. Porto Alegre se destaca como uma referência no tema. A cidade já conta com um Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos e erradicou os lixões há anos. A coleta seletiva é realizada em todos os bairros e conta com 17 unidades de triagem e a 18ª está sendo implantada. O prefeito de Porto Alegre e presidente da FNP, José Fortunati, destacou a necessidade de dar as condições para que os municípios consigam cumprir a legislação com responsabilidade. “A Frente Nacional de Prefeitos apóia a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos porque ela estabelece metas, responsabilidades e os caminhos para uma gestão eficiente dos resíduos sólidos. São normas que devem ser observadas por todos, desde o cidadão até os governos, passando pela iniciativa privada quando falamos da logística reversa. Mas nós temos hoje quase 3 mil lixões no Brasil distribuídos em 2.800 cidades. Os municípios não terão como cumprir essa meta até dezembro de 2014, porque é pouco tempo para realizar o licenciamento ambiental, o planejamento e, principalmente, a obra que precisa ser feita para construir um aterro sanitário que vai substituir o lixão”, explicou Fortunati. Ele acrescentou que a FNP está propondo ao Governo Federal o estabelecimento de uma nova data para que as prefeituras consigam, de forma responsável, acabar com os depósitos irregulares e cumprir a legislação. O exemplo da capital gaúcha e de outras cidades que realizaram um trabalho intenso na gestão de resíduos, como Caxias do Sul, foram citados na reunião. O representante da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) no Rio Grande do Sul, Evandro Beck, defendeu que a falta de conhecimento é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos municípios. “Nós não conhecemos os problemas dos lixões na sua totalidade, não temos um diagnóstico ambiental completo. Os municípios precisam se preparar para fazer essa gestão dos resíduos sólidos, mas não têm subsídios. Por isso, os planos municipais são extremamente necessários, porque vão conter um diagnóstico, os prognósticos, indicar os caminhos e as metas”, disse Beck. A diretora do Departamento de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, reconheceu que existem gargalos para a implantação dos planos e erradicação dos lixões. “Temos problemas financeiros e temos também uma falta de pessoal técnico habilitado para atuar nessa área. Por isso, essa discussão é importante. Mas também não podemos abrir mão da implantação dos planos. Eles vão permitir que os municípios organizem a gestão dos resíduos e resolvam um problema ambiental, de saúde pública e de qualidade de vida dos moradores das cidades”, afirmou a representante do governo federal. No fim da reunião, foi elaborado um documento com propostas para facilitar e agilizar a criação dos planos municipais e a erradicação dos lixões, que será entregue à Presidência da República, Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais e Ministério do Meio Ambiente".
COMENTO - Diz a matéria logo no seu começo: "Porto Alegre se destaca como uma referência no tema. A cidade já conta com um Plano Municipal Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos e erradicou os lixões há anos". Isso é uma gigantesca inverdade. Porto Alegre tem o maior lixão do País, imensamente poluidor. Fica logo na entrada da cidade, na área da cabeceira da pista do aeroporto Salgado Filho. O lixão é composto por um imenso aterro, com até quatro metros de altura sobre a cota original do terreno, e duas "mesas retangulares", pirâmides de lixo, uma de nove metros e outros de 18 metros de altura. No total, cerca de 15 milhões de toneladas de lixo estão depositadas nesse imenso lixão. Por que chamo de lixão? Porque é isso mesmo, é uma enorme área que foi aterrada com lixo de todo tipo, inclusive hospitalar, jogado diretamente sobre a terra nua, sem qualquer isolamento, sem qualquer tratamento (de proteção do solo). Esse gigantesco lixão tem canais pelos quais escorre o chorume resultante da decomposição do lixo. Esse chorume é lançado in natura nas águas do rio Gravataí, o qual deságua poucas centenas de metros adiante em pleno rio Guaíba, que abastece a população de Porto Alegre. A prefeitura de Porto Alegre foi condenada em ação civil pública movida pelo Ministério Público, com sentença transitada em julgado na3ª Vara da Fazenda Pública, a promover a remediação ambiental dessa enorme área do lixão da Zona Norte. O governo de José Fortunati (PDT) fez alguma coisa nesse sentido? Absolutamente nada. E deixou de fazer também o prolongamento da Avenida Severo Duilios, cuja duplicação iria completar o circulo viário do aeroporto Salgado Filho, e igualmente deixou de fazer o prolongamento da pista do aeroporto. Não pôde fazer essas duas obras do caderno da Copa porque implicaria na remoção de 200 mil toneladas de lixo (na área da projeta duplicação da avenida Severo Dullius) e no mínimo 1,5 mihão de toneladas na área do prolongamento da pista do aeroporto. O prefeito sempre soube que o terreno no local impedia a realização dessas obras. Mesmo assim, chegou a assinar contrato com a Caixa Econômica Federal do financiamento da obra da Severo Dullius. O dinheiro foi liberado, está depositado em banco, e a prefeitura pagando encargos por sua manutenção à disposição. Ou seja, é um governo que conta inverdades.
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