terça-feira, 26 de novembro de 2013

ESTUDO APONTA SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS NO DESEMBARQUE EM AEROPORTOS BRASILEIROS

A análise sobre a qualidade do desembarque de passageiros em cinco aeroportos brasileiros garantiu um dos prêmios do Concurso Marechal do Ar Casimiro Montenegro à tese de doutorado da engenheira de infraestrutura aeronáutica Giovanna Borille. O estudo verificou a situação dos usuários de cinco dos maiores aeroportos do País: Guarulhos, Viracopos e Congonhas, em São Paulo, Antonio Carlos Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, e Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília. Segundo a engenheira, a demora para a retirada da bagagem, uma das principais queixas dos passageiros, pode ser corrigida pelo administrador do aeroporto com o gerenciamento de itens como agilidade no desembarque dos viajantes e diminuição da distância entre as aeronaves no pátio e o tempo de deslocamento até a sala de desembarque. “Além disso, é importante disponibilizar esteiras com dimensões apropriadas, conforme o número de passageiros por vôo, e evitar que a mesma esteira seja usada para muitos vôos”, disse Giovanna Borille. O estudo avaliou o comportamento de 500 passageiros, considerando o tempo de espera após desembarque e o local ao redor da esteira de bagagem. "As pesquisas científicas nesta área eram todas feitas com base no embarque do passageiro – avaliar a questão da qualidade no desembarque foi inédito para o país", completou. “A espera pela bagagem varia entre 15 e 50 minutos. A situação não depende do passageiro, a mala chega de forma aleatória. O comportamento do passageiro, se é mais rápido, ou não, ao sair do avião, é irrelevante”, ressaltou ela. Ao avaliar a situação, a engenheira preparou um roteiro com 720 alternativas para os aeroportos, com a simulação de cenários reais para que os administradores deles tenham opções de acordo com a realidade local para melhorar a qualidade do atendimento ao passageiro na hora do desembarque. Para ela, esse estudo poderá ser aproveitado tanto no dia a dia quanto em momentos de grande fluxo nos aeroportos brasileiros, como na Copa do Mundo, em 2014, e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

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