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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UMA GENTE HONESTA PRA CACHORRO - UMA DAS LÍDERES DE ATAQUE A LABORATÓRIO DIZ QUE A VIOLÊNCIA SÓ ACONTECEU PORQUE AS VÍTIMAS NÃO QUISERAM COLABORAR COM OS AGRESSORES. AGORA ENTENDI TUDO!

É do balcobaco! Na Folha  desta segunda, aparece mais uma, deixem-me ver, usuária dos serviços dos black blocs, mas que também não tem nada com isso. Uma certa Jane Santos, de 35 anos, uma das líderes da invasão do Instituto Royal, conversou com Flávia Martins.

Ela afirma a seguinte e espantosa coisa:
“Foi completamente incontrolável. Temos gravado que advertimos [o Royal], pois estávamos com medo de que o movimento tomasse grandes proporções, como a do Movimento Passe Livre. A nossa ideia era tirar os animais de forma pacífica e com a ajuda de biólogos”.
Ah, agora entendi. Eu estava sendo muito severo com essa gente. Antes de praticar o ato terrorista, eles deram o aviso. ESPERAVAM CONTAR COM A AJUDA DAS VÍTIMAS. Como não aconteceu, aí, sabem como é… É isso mesmo que vocês leram. O Royal fazia um trabalho unanimemente reconhecido como sério e técnico por quem entende da área, mas os ditos “ativistas” (palavrinha asquerosa!) não queriam. Esperavam que os próprios funcionários lhes dessem os cachorros, por conta própria. Não tendo acontecido, eles invadiram.
E sobre o black blocs? Ela também foi singela:
“Não convidamos eles [os "black blocs"]. Mas, pelo que a gente acompanha, toda mobilização com caráter nacional atrai a presença deles agora. A gente não conhece, porque somos ativistas de animais, não fazemos depredação.”
Certo! A Jane e seus amigos não depredam nada. Como ficou claro, ela queria até a colaboração das vítimas. Pena que os black blocs apareceram… Mesmo assim, eles não suspenderam a ação. A Jane está convicta de que um trabalho de caráter científico, submetido a controle técnico, exercido num espaço privado, pode ser, sim, interrompido por uma invasão.
Como ela deixa claro, a culpa é do laboratório. Se a empresa tivesse feito o que eles queriam, nada disso teria acontecido. Agora tudo está devidamente explicado. Por Reinaldo Azevedo

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