quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Advogado diz que petista Pizzolato não tinha poderes para beneficiar empresa de Marcos Valério em contratos do Banco do Brasil
O advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, que representa o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, no processo do Mensalão do PT, disse nesta quinta-feira que seu cliente não tinha poderes para beneficiar a empresa do publicitário Marcos Valério em contratos do banco. Pizzolato é acusado de adiantar R$ 73 milhões do fundo Visanet para a agência DNA propaganda, que tinha contrato com o Banco do Brasil, recebendo, por isso, R$ 326 mil de propina. Ele também é processado por não cobrar o bônus de volume obtido pela DNA pela veiculação de publicidade do banco. De acordo com Lobato, Pizzolato não era diretor de Marketing quando a empresa de Marcos Valério venceu licitação no Banco do Brasil e nunca tomava decisões sozinho, tudo era decidido por órgão colegiado. O advogado também alega que Pizzolato não era o representante do Banco do Brasil no comitê do fundo Visanet, que tinha verbas exclusivamente privadas. De acordo com Lobato, o Banco do Brasil participava do fundo Visanet como acionista e não fazia aportes financeiros, toda verba vinha de uma porcentagem sobre cada compra realizada com os cartões Visa. Ele informou que a gestão do fundo era feita por um comitê independente e que o representante do Banco do Brasil nesse comitê era o funcionário Léo Batista dos Santos.
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