Cpers repele aumento salarial com carnê que foi apresentado pelo governo do PT do Rio Grande do Sul
O economista Darcy Carvalho dos Santos, aposentado da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, analisou a proposta de aumento feita pelo governo Tarso Genro para o magistério. Diz Darcy Carvalho dos Santos: "Na realidade, não conheço em detalhes a proposta do governo, mas dá para fazer o seguinte cálculo em cima dos grandes números divulgados:
9,84 (maio a outubro)
1,0984x1,0608-1 = 16,52 (novembro e dezembro).
Então:
9,84 x 6/12 = 4,92
16,52x2/12 = 2,75
Total = 7,67
Em 2012 será concedido o reajuste de 7,67%. Com o INPC foi 6,08%, o valor real foi de 1,5% para todo o ano de 2012. Assim é que eles vão pagar o piso?
Não considerei a parcela de 2013 que já tem nova correção.
A nota do Cpers rejeitando o aumento do governo do PT
Em audiência realizada na manhã desta sexta-feira (27/1), em Porto Alegre, o governo do estado apresentou uma proposta de reajuste à direção do sindicato. O documento entregue pelo governo foi analisado logo após o encontro.
Veja, abaixo, a análise.
A Direção do CPERS/Sindicato, reunida logo após a audiência com o Governo, informa o que segue:
1. A proposta apresentada pelo Governo não significa nenhum passo para honrar o seu compromisso de pagar o PSPN.
2. Orientamos que os Núcleos divulguem amplamente a mesma para a categoria e também para a sociedade, pois ela “por si só” é a demonstração da falta de compromisso do Governo Tarso Genro com a valorização dos Trabalhadores em Educação.
O Governo depois de 1 (um) ano do seu mandato, está apresentando um reajuste pior do que o pago em 2011.
3. Quanto ao calendário para pagamento do Piso, proposta apresentada pelo Sindicato e reiterada em todas as audiências, o Governo usou as mesmas desculpas para não atendê-la: espera o resultado dos embargos para saber a partir de quando o piso está valendo e também a decisão sobre a forma de reajuste do mesmo.
4. Além de todos os pontos levantados, vale salientar que o Governo apresentou uma proposta apenas para os professores. A Direção na própria audiência reafirmou o posicionamento do CPERS/Sindicato de que qualquer negociação terá que ser para toda a categoria.
Neste sentido, o Governo se comprometeu de encaminhar um adendo, incluindo os funcionários de escola na proposta.
5. Estamos encaminhando, para subsidiar o debate, a seguinte explicação do DIEESE: mai/12
Obs.: Sobre o salário dos funcionários de escola não foi calculado, pois, como já informamos, o Governo, até o momento, não apresentou proposta para a categoria.
6. Por fim, informar que o abono e o pagamento dos dias da greve foi mais uma vez colocado como pauta central de qualquer processo de negociação pelo CPERS/Sindicato. No entanto, o Governo, depois de tentar criar condicionantes para a negociação do mesmo, o que foi repudiado pela Direção, respondeu que informará a posição do Governo sobre esse tema.
Ao finalizar, reafirmamos a necessidade da implementação das propostas que aprovamos no último Conselho Geral, pois a audiência com o Governo demonstrou que somente uma grande mobilização pode arrancar conquistas e impedir ataques.
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