terça-feira, 1 de novembro de 2011
IBGE afirma que setor automotivo é o responsável por recuo industrial
A forte queda de 11% na produção de veículos automotores foi a principal responsável pela retração de 2% da indústria de agosto para setembro, segundo o IBGE. Trata-se da maior retração desde dezembro de 2008, quando havia sido de 38,8%, provocada pelo estouro da crise global. O setor é um dos que tem maior peso na indústria (11%) e tem um encadeamento muito grande com outros ramos, que fornecem para as montadoras, como siderurgia, borracha e plástico, autopeças e outros. Segundo André Macedo, técnico do IBGE, várias fábricas pararam a produção por alguns dias em setembro ou deram férias coletivas a fim de ajustar seus elevados níveis de estoque. Essas paralisações, diz ele, levaram à queda da produção de veículos. "É um setor que tem peso importante na indústria e muitas ramificações em toda a cadeia. Por isso, gera o impacto em outros setores", disse. Para Macedo, o acúmulo de estoques é fruto do menor consumo doméstico e da tendência de desaceleração da economia apontada pelos próprios dados da indústria. Aliada à retração da fabricação de celulares, a queda de veículos explica a perda de 9% na produção de bens duráveis. A parada das montadoras também afetou a produção de caminhões, veículos considerados como bens de capital (ativo físico de empresas que os usam em suas atividades, ou seja, são itens de investimento). Diante disso, a categoria de bens de capital registrou queda de 5,5%, a maior desde fevereiro de 2009, quando o país sofria os efeitos da crise global.
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