terça-feira, 18 de outubro de 2011
Corregedora Eliana Calmon afirma que redução do poder do CNJ trará impunidade
A impunidade em casos de crimes cometidos por juízes tende a aumentar se o poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça for restringido, disse a corregedora Eliana Calmon, em debate na noite de segunda-feira no auditório do jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo. Há algumas semanas, ela foi alvo de uma polêmica envolvendo o Judiciário e o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, ao afirmar que existem bandidos "escondidos atrás da toga" na Justiça brasileira. A afirmação foi feita em resposta a uma ação da Associação dos Magistrados Brasileiros no Supremo, que tenta limitar a atuação do Conselho Nacional de Justiça. Eliana Calmon explicou que sua afirmação não foi genérica, mas reafirmou que há caso de bandidos que tentam se esconder atrás da Justiça. E citou um exemplo de um pistoleiro que virou juiz e depois foi punido pela Justiça. "Não temos uma sociedade de santos, temos uma sociedade que tem um esgarçamento moral muito forte", afirmou a corregedora, que foi aplaudida por três vezes durante suas falas. Segundo Eliana Calmon, o País tem tradição patrimonialista e o "Estado é efetivamente espoliado sem muito pudor".
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