segunda-feira, 12 de setembro de 2011
PT não quer investigar escândalo na TV Assembléia paulista
A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo resiste a participar do movimento suprapartidário de deputados que querem investigação das supostas fraudes relacionadas à TV Alesp. Embora muitos deputados petistas considerem ter servido de “laranjas” na história das falsas gravações das atividades parlamentares, pelas quais a Casa pagou R$ 4 milhões, nenhum deles quis assinar a representação encaminhada ao Ministério Público por quatro parlamentares de distintos partidos, na sexta-feira. O PT teme que a procuradoria decida investigar o departamento de comunicação da Casa, há anos sob seu comando. O partido está à frente da 1ª secretaria da Assembleia desde um acordo fechado no primeiro governo de Mário Covas (1995-1999). O primeiro petista a ocupar o cargo foi o então deputado estadual Professor Luizinho, hoje réu no processo do mensalão. Também foi 1º secretário o petista Donisete Braga, um dos responsáveis pela costura que levou à TV Alesp, em 2008, o grupo do jornalista Alberto Luchetti, que coordenou o canal legislativo entre 2008 e 2011. Luchetti foi preso na operação da Polícia Federal que investiga fraudes em convênios do Ministério do Turismo no Amapá. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de participar de uma licitação fraudulenta. Na mesma operação da Polícia Federal foi preso o jornalista Dante Matiussi, que ganhou quase R$ 1 milhão em aluguel de equipamentos à TV Alesp de março a junho de 2009. Ele trabalhou na campanha do petista Aloizio Mercadante em 2006. Hoje, o 1º secretário é o deputado Rui Falcão que, mesmo com a missão de presidir o PT nacional, não se licenciou do cargo.
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