sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Estados Unidos anunciam que vetarão Palestina como integrante plena da ONU
Ativistas palestinos lançaram na quinta-feira uma campanha mundial para obter apoio ao reconhecimento de um Estado palestino independente e membro pleno da ONU. No mesmo dia, o governo americano assegurou, pela primeira vez, que vetará a proposta de resolução, caso ela seja apresentada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em uma breve cerimônia nas instalações da ONU em Ramallah, na Cisjordânia, cerca de cem ativistas e representantes palestinos enviaram uma carta informal ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Insistimos que o senhor use seu peso moral para apoiar o desejo do povo palestino de viver em liberdade e com dignidade, como o restante dos povos do mundo”, diz a mensagem. Os palestinos prometem realizar manifestações nos territórios ocupados e ampliar os protestos em outros países até o dia 21, quando será aberta a Assembléia-Geral da ONU. Dois dias depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, deve discursar no plenário. Os ativistas batizaram a campanha de “Estado Palestino 194″. Se for aceita, a Palestina seria o 194º membro da organização. Segundo a Carta da ONU, a proposta tem de ser aprovada por pelo menos 9 dos 15 países do Conselho de Segurança e não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes (Grã-Bretanha, França, China, Estados Unidos e Rússia). Se obtiver sinal verde no órgão, a admissão é encaminhada à Assembléia-Geral, onde precisaria de dois terços para ser aprovada. Para driblar o veto americano, a outra possibilidade seria encaminhar um pedido de reconhecimento como “Estado não membro”, que pode ser encaminhado diretamente à Assembléia-Geral, onde cada país tem um voto e não há veto. Assim, a Palestina subiria um degrau em seu status diplomático e se igualaria ao Vaticano, também um “membro não pleno”. Essa opção, porém, ficaria como plano B.
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