O deputado estadual petista Adão Villaverde, presidente da Assembléia Legislativa gaúcha, diz que é contrário ao processo crime movido contra o músico Tonho Crocco pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Esse processo está sendo promovido a pedido do ex-presidente da Assembléia, atual deputado federal Giovani Cherini (PDT-RS). Problema: como a ação é promovida pelo Ministério Pùblico, só ele tem a titularidade do processo. A ação fica indisponível. Portanto, o deputado Adão Villaverde fica em uma posição cômoda, se diz contra, mas o processo contra o músico continua. E ele é processado por que? Ora, porque ousou criticar na letra de um rap, chamado "Gang da Matriz", os deputados que se atribuíram um vergonhoso e milionário aumento salarial. Ora, Lula chamou deputados federais de "bando de picaretas", isso foi para um rock conhecido da banda Paralamas do Sucesso, e não aconteceu nada. Nenhum promotor ou procurador, no País inteiro, achou que Lula deveria ser processado por aquilo. Mas, no Rio Grande do Sul, que não cansa de produzir espetáculos lastimáveis, ocorre um ataque dessa ordem à liberdade de expressão, de manifestação, de criação artística, de crítica, sob o manto de proteção do Ministério Público. É para isso que os cidadãos pagam salários milionários a promotores e procuradores de Justiça? Eles não se envergonham? Promotores e procuradores justos e democratas não se indignarão com o que estão fazendo com a instituição? Aliás, é praticamente um hábito do Ministério Público gaúcho dar guarida a ações criminais contra jornalistas por suas opinições e até mesmo pelas informações que divulgam. Esse é o mesmo Ministério Público que se recusou a investigar denúncia protocolada de supostas corrupções e desvios de dinheiro no Daer. Veja o rap de Tonho Crocco abaixo.
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