sexta-feira, 8 de abril de 2011
Atirador na chacina do Rio de Janeiro fez mais de 60 disparos e recarregou nove vezes
O atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que matou 12 alunos de uma escola municipal em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira, e depois se suicidou, fez mais de 60 disparos com um revólver calibre 38, arma que recarregou nove vezes durante o ataque. Ele tinha ainda um revólver calibre 32 preso à cintura, com o qual efetuou poucos disparos, segundo a polícia. O delegado titular da Delegacia de Homicídios, Felipe Ettore, disse nesta sexta-feira que foram encontrados 62 cartuchos de calibre 38 na escola, todos da mesma arma. Segundo o delegado, Oliveira tinha seis "speedloaders", um instrumento usado para recarregar a arma com rapidez. O revólver 32 que ficou preso à cintura foi usado poucas vezes, disse o delegado. O revólver de calibre 32 havia sido roubado há mais de 15 anos, segundo a polícia do Rio de Janeiro. Já o 38 tinha numeração raspada. Foram enterrados na manhã desta sexta-feira os corpos de seis das 12 vítimas do massacre. Os enterros reuniram centenas de pessoas em dois cemitérios e deixaram familiares e amigos emocionados algumas pessoas chegaram a passar mal. Rafael Pereira da Silva, de 14 anos, foi a quarta vítima sepultada no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste). Um grupo com mais de 30 mototaxistas levou ao cemitério faixas em homenagem às crianças. No mesmo cemitério, Igor Moraes, de 13 anos, foi enterrado à tarde. No cemitério do Murundu, em Padre Miguel, ocorreram os enterros de Mariana Rocha de Souza, de 12 anos; Laryssa Silva Martins, de 13 anos.Também foram enterradas no Murundu as meninas Milena Santos Nascimento, de 14 anos, e Bianca Rocha, de 13 anos. A adolescente Géssica Guedes Pereira, de 15 anos, foi velada no local, mas enterrada no cemitério Ricardo de Albuquerque. Ainda nesta sexta-feira foram enterradas também Samira Pires, de 13 anos, no cemitério de Santa Cruz, e Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos, no Memorial do Carmo. Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.
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