terça-feira, 22 de março de 2011
Presidente do Banco Central diz que bancos precisam reduzir crédito
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o governo deve adotar novas medidas para obrigar os bancos a reduzirem o ritmo de expansão do crédito para uma taxa entre 10% e 15%. Hoje, apenas o crédito dos bancos comerciais a empresas cresce nesse ritmo. Os financiamentos ao consumo e os empréstimos do BNDES para pessoas jurídicas acumulam alta superior a 20% em 12 meses, segundo dados do Banco Central até janeiro. "Crescimento de 20% já parece um pouco acima do que gostaríamos de ver nesse momento", afirmou Tombini, em audiência pública no Senado. Tombini afirmou que há um aumento "natural" da inadimplência por conta da desaceleração da economia. Por isso, o crédito também precisa desacelerar para evitar "riscos excessivos" de piora no endividamento dos brasileiros: "As instituições têm de entrar em um ritmo de crescimento de 10% a 15%. Acima disso, no ciclo atual, será avaliado com muito cuidado pelo Banco Central". Tombini divulgou novos números sobre a entrada de dólares no País, que já se aproxima de US$ 34 bilhões, valor quase 40% superior ao verificado em todo o ano de 2010. Segundo o presidente do Banco Central, esse volume é composto, principalmente, por investimentos estrangeiros diretos em empresas e por empréstimos obtidos por bancos e companhias brasileiras no Exterior.
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