O fluxo de soja, milho e outras mercadorias para o segundo maior porto brasileiro, o de Paranaguá (PR), continuou praticamente paralisado nesta terça-feira, devido ao estrago causado pelas fortes chuvas do final de semana na rodovia e na ferrovia de acesso ao porto. Os carregamentos de navios com soja, farelo de soja e milho foram retomados na manhã desta terça-feira, após as chuvas terem interrompido a atividade nesta madrugada, segundo fonte do porto. "Nós temos três navios atracados e carregando soja, milho e farelo de soja", disse o porta-voz do porto: "Estimamos que há quantidade suficiente de grãos armazenados em silos públicos e privados do porto para carregar esses três navios e os quatro outros que estão esperando no corredor de exportação". Os três navios sendo carregados vão levar 160 mil toneladas de grãos. A capacidade de armazenamento do porto está completa, com cerca de 1,5 milhão de toneladas de grãos em silos e armazéns. Com o tempo seco, o porto pode carregar 100 mil toneladas de grãos por dia, mas conseguiu carregar apenas 25 mil toneladas nas últimas 24 horas, devido às chuvas. Existem 22 navios na fila para carregar grãos, principalmente soja, farelo e milho. As chuvas do final de semana na rodovia BR-277, que desce pela Serra do Mar em direção ao porto, causaram estragos nas pontes da estrada, disse a Polícia Rodoviária Federal nesta terça-feira. Os problemas com as pontes se concentram na região litorânea, entre os km 29 e 12, segundo a Ecovia, concessionária da rodovia. "As duas pistas da descida ao porto foram afetadas por um deslizamento de terra e apenas uma das duas pistas que vinham do porto está apta para tráfego, portanto o percurso está lento, com o tráfego subindo e descendo alternadamente em uma única pista", disse uma fonte da polícia. Caminhões de grãos estão começando a ser liberados aos poucos para passar pela via trafegável, mas a movimentação continua lenta devido à capacidade limitada da rodovia.
Cerca de 70 por cento dos grãos chegam ao porto sendo transportados por caminhões. Estima-se que mais de mil cheguem por dia, normalmente. O porto recebe os outros 30 por cento de grãos por meio da ferrovia da América Latina Logística. A ferrovia também está paralisada desde sexta-feira, devido às pesadas chuvas: "Esperamos que cargas de soja e milho comecem a fluir novamente na quarta-feira", disse um representante da empresa. "Temos cargas de farelo da Bunge e da ADM em espera".
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