terça-feira, 22 de março de 2011
Classe C ganha 19 milhões de brasileiros e chega a 101 milhões
A classe C recebeu 19 milhões de brasileiros vindos da DE em 2010 e manteve o posto de maior do Brasil, com mais de 101 milhões de pessoas. O número representa 53% da população total (191,79 milhões). Em 2009, era 49%. Os dados fazem parte do Observador 2011, pesquisa encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs. A segunda classe com maior número de brasileiros é a DE (com 47, 90 milhões), seguida pela AB (42,19 milhões). O levantamento mostra ainda que 12 milhões de brasileiros alcançaram as classes AB no ano passado. "Houve uma mudança na forma que a população brasileira está distribuída. A pirâmide virou um losango, com mais pessoas fazendo parte da classe C", afirma Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da Cetelem BGN. Segundo ele, esse novo desenho vem se formando há cerca de quatro anos e está cada vez mais consolidado. Em 2005, as classes AB e C correspondiam a 49% da população. Em 2010, passaram a 74%. De acordo com a pesquisa, houve grande aumento da renda média mensal dos brasileiros de todas as classes e regiões, que se mostrou mais acentuada nas classes DE. A renda familiar média deste estrato ficou em R$ 809,00, valor 48,44% maior do que em 2005. A dos brasileiros da classe AB ficou em R$ 2.983,00 e da C em R$ 1.338,00. Os gastos dos brasileiros acompanharam o crescimento da renda. No ano passado, os cidadãos gastaram em média R$ 165,00 a mais do que em 2009, totalizando R$ 1.231,00. Entre os principais gastos tiveram destaque prestação da moradia (R$ 367,00), pagamentos de crédito bancário (R$ 330,00), educação (R$ 274,00), empregada doméstica (R$ 232,00) e seguros (R$ 231,00). Sobre perspectivas para 2011 a pesquisa aponta que 53% dos entrevistados acreditam que haverá aumento do consumo e 52% avaliam que haverá maior oferta de crédito para a população.
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