quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Azul prevê ter de 10% a 11% do mercado brasileiro em 2011
A Azul estima encerrar 2011 com uma participação no mercado brasileiro de aviação entre 10% e 11%, crescendo em um ritmo mais rápido que as veteranas TAM e Gol, afirmou o presidente da terceira maior companhia aérea do País, Pedro Janot. A empresa elevou sua participação média de 3,7% em 2009 para 6% em 2010, aproveitando um crescimento do mercado doméstico fora dos grandes centros, notadamente no interior de São Paulo, que vem recebendo grandes empreendimentos como fábricas de veículos de montadoras como Toyota e Hyundai. O crescimento da participação acontece junto com a expansão da frota da empresa formada atualmente por 27 jatos da Embraer (modelos 190 e 195) e 2 turboélices da francesa ATR. O plano de frota prevê 86 jatos da Embraer e pelo menos 20 aviões modelo ATR 72-600 até 2015. É nessa expansão do interior que a empresa vem apostando seu desenvolvimento, inclusive com ofertas de viagens em volume para empresas. "O que está acontecendo no interior de São Paulo é que as decisões sobre essas novas unidades fabris estão incluindo também áreas administrativas, que antes ficavam concentradas na capital", disse Janot. "Cada empresa que chega, a gente oferece um pacote com uma relação de preço e volume de viagens", acrescentou. O executivo ilustrou a expansão do interior descrevendo o movimento do aeroporto de Viracopos em Campinas (SP), principal base de operação da Azul. De 2008, início da operação da empresa, ao final de 2010, o movimento de passageiros passou de 800 mil para 5,4 milhões, um salto de quase sete vezes que foi em parte impulsionado pela Azul. Atualmente, o aeroporto, que ganhou autorização para ser ampliado e se tornar o maior da América do Sul, abriga também as nacionais TAM, Gol e Trip e as internacionais Pluna (Uruguai) e TAP (Portugal). Estas duas últimas foram as primeiras companhias a operarem vôos internacionais regulares em Viracopos após mais de 20 anos sem vôos para fora do Brasil partindo do aeroporto. De olho nesses novos passageiros internacionais, a Azul está trabalhando para "desenvolver uma relação" com as duas companhias, de modo a distribuir os clientes das empresas pelo Brasil. "Faz todo o sentido, essas companhias precisam estar em um aeroporto que conecte com o Brasil. Agora a gente precisa estreitar laços", disse Janot. Segundo Janot, outras companhias aéreas internacionais já consultaram a Azul informalmente sobre vôos para Viracopos. Em termos de taxa de ocupação, a empresa segue apostando em média no ano entre 80% e 85%. Janot afirmou ainda que a Azul está gerando caixa suficiente para dar conforto para a empresa tomar decisão de fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO) "no melhor momento", se ela for necessária.
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