domingo, 23 de janeiro de 2011
Desoneração da folha de pagamentos gera críticas e dúvidas
A proposta da presidente Dilma Rousseff de desonerar a folha de pagamento das empresas reduzindo a contribuição previdenciária dividiu patrões e empregados. A medida atende a pleito antigo dos empresários, mas desagrada às centrais sindicais, que prometem se posicionar “radicalmente contra” caso seja aprovada. Dilma pretende mandar ao Congresso proposta de redução da tributação sobre a folha para estimular a contratação formal. As duas maiores entidades sindicais do País, a petista CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical, condenaram a iniciativa. “Do modo como está proposto somos totalmente contra. Se fizer isso, a Dilma não terá dinheiro para pagar os aposentados”, disse Paulo Pereira, presidente da Força. Com a desoneração, a Previdência perderia, no primeiro ano da medida, pelo menos R$ 9,2 bilhões. “Há três anos os patrões fizeram a mesma proposta. Pregamos que as perdas fossem repassadas para uma tributação sobre o faturamento. Aí recuaram”, disse o petista Artur Henrique da Silva, da CUT. O vice-presidente da Fiesp, Roberto Della Manna, pediu negociação entre governo, patrões e empresas.
Um comentário:
Acho que a Dilma está no caminho certo. Esse argumento de que faltaria dinheiro é um pensamento retrógrado de quem ainda não entende nada de gestão pública.
Ora, desonerar a carga tributária deve ter como objetivo central a redução da informalidade. Nesse caso, a arrecadação final aumentaria consideravelmente. É só ver exemplos de tantos governadores que dão show de administração moderna da coisa pública.
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