quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
WikiLeaks revela que a Rússia vendeu à Venezuela 100 mísseis antiaéreos que Estados Unidos temiam cair nas mãos das Farc
O governo russo confessou em julho do ano passado a uma delegação americana que, até então, 100 mísseis antiaéreos haviam sido vendidos à Venezuela, armamento considerado por Washington um risco para a região. A informação está em documentos filtrados pelo site WikiLeaks e reproduzidos nesta quarta-feira pelo jornal espanhol "El País". O ditador Hugo Chávez nunca escondeu a compra dos mísseis Igla, que podem ser manuseados por uma única pessoa, mas o tamanho da aquisição não havia sido revelado. O temor dos americanos, que recentemente vem alertando seus aliados a não vender armamento a Caracas, é de que essas armas possam cair nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, organização terrorista e traficante de cocaína). Segundo as correspondências secretas, os Estados Unidos consideram o míssil de fabricação russa um dos sistemas de defesa aérea mais mortíferos já fabricados, com alcance entre 4 e 6 quilômetros e capaz de atingir com facilidade, uma vez em mãos das Farc, os helicópteros Blackhawk presentes na Colômbia. Os russos teriam confessado a venda das armas durante a visita do presidente Barack Obama a Moscou. Nos computadores apreendidos pelo Exército da Colômbia em 2008, na operação que matou o então número dois das Farc, o terrorista Raúl Reyes, há mensagens de militares venezuelanos oferecendo ao grupo guerrilheiro essas mesmas armas compradas da Rússia.
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