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Sakineh Mohammadi Ashtiani |
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte pelo crime de adultério, foi libertada, assim como seu filho e seu advogado, afirmou à agência de notícias France Presse o Comitê contra a Lapidação, ONG com sede na Alemanha. A ONG Solidariedade Irã, que também acompanha o caso, confirmou a libertação de Sakineh, seu filho Sajad Ghaderzadeh, e seu advogado Javid Houtan Kiane, detidos no começo de outubro junto a dois jornalistas alemães que os entrevistaram. O Comitê contra a Lapidação não deu mais detalhes sobre como ocorreu a libertação e nem quando. O governo iraniano ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. "Recebemos do Irã a informação de que estão livres", disse Mina Ahadi, porta-voz do Comitê contra a Lapidação. "Esperamos ainda a confirmação. Aparentemente, esta noite há um programa que deve ser exibido na televisão e aí saberemos 100%. Mas, sim, ouvimos que está livre e também seu filho e seu advogado", disse Ahadi. O programa de TV foi exibido pelo canal em inglês Press TV, que exibiu imagens de uma mulher identificada como Sakineh em sua casa em Oskou, a 570 quilômetros a noroeste de Teerã. Sakineh foi inicialmente condenada à pena de morte por apedrejamento. A sentença foi suspensa neste ano após várias críticas de grupos de direitos humanos terem levado a forte pressão internacional sobre o Irã. Segundo a lei islâmica, em vigor no Irã desde a revolução de 1979, o adultério pode ser punido com a morte por apedrejamento, e crimes como assassinato, estupro, roubo a mão armada, apostasia e tráfico de drogas são todos punidos com a morte. Se ela estava condenada por algum destes crimes, por que agora o regime fascista islâmico promove a sua libertação? É porque precisou se curvas à grande pressão internacional. Em 2006, Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, foi condenada duas vezes à pena de morte por dois tribunais diferentes de Tabriz, em dois processos distintos, acusada de participação no homicídio do marido e de ter cometido adultério, em particular com o suposto assassino do marido.
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