sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Ministério Público Federal inicia investigação de crime no banco PanAmericano
O Ministério Público Federal informou nesta sexta-feira que instaurou inquérito criminal na quinta-feira para apurar eventuais crimes relacionados aos recentes fatos noticiados a respeito do banco PanAmericano, pertencente ao grupo Silvio Santos e à Caixa Econômica Federal, e para acompanhar a fiscalização do Banco Central sobre a instituição financeira. Segundo o Ministério Público Federal, os procuradores Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Anamara Osório Silva são os responsáveis pela condução do procedimento investigatório criminal. Na quarta-feira o Banco Central havia comunicado ao Ministério Público Federal que havia indícios de crime no caso da instituição, praticados pelo grupo Silvio Santos e a Caixa Econômica Federal. O diretor de Fiscalização da autoridade monetária, Alvir Hoffman, havia afirmado que "tudo indica que a investigação vai redundar em algo para o Ministério Público", em referência à Lei do Colarinho Branco. Até então, as investigações estavam na esfera administrativa. O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que deve colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O Banco Central descobriu que o banco PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio, durante a administração compartilhada com a Caixa Econômica Federal. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário. Se quebrasse, a Caixa Econômica Federal teria um tremendo prejuízo. A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao Fundo Garantidor de Créditos, no "Proezão" que o governo petista e de Lula arrumou para o banco. O Banco Central caiu em cima de pelo menos seis bancos pequenos para averiguar como eles contabilizam as carteiras vendidas a outras instituições, após descobrir fraude no PanAmericano. O Banco Central precisa fazer investigações em Porto Alegre, nas operações de aquisições de carteiras de crédito que foram realizadas no Rio Grande do Sul.
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