Lideranças do Democratas, como seu ex-presidente Jorge Bornhausen, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, articulam dentro do próprio partido a formulação de uma proposta de possível fusão com o PMDB. Vários setores do DEM são contra, como seu presidente nacional, deputado federal Rodrigo Maia (RJ). A proposta não surpreende, porque o DEM fez uma oposição nada consistente contra os dois governos de Lula. Segundo interlocutores do vice-presidente eleito Michel Temer, o DEM já sondou o PMDB sobre a possibilidade de fusão dos partidos. A proposta de fusão do DEM embute uma malandragem: os políticos poderão ir para um terceiro partido sem o risco de perder os mandatos. Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula disse em Florianópolis que era preciso “extirpar o DEM” da política. Pois bem, parece que sabia do que estava falando, porque de fato o DEM para a extinção e a sigla será efetivamente “extirpada” da política nacional. Será uma gracinha, no Rio Grande do Sul, ver o empresário Paulo Afonso Feijó no mesmo partido de Pedro Simon e seu afilhado político, Fernando Guerreiro de Lemos. Mas o deputado federal gaúcho Onix Lorenzoni, que é totalmente dependente do catarinense Jorge Bornhausen, não vai gostar de perder o feudinho político-partidário que garante suas reeleições.
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