A Defensoria Pública da União recomenda nesta segunda-feira ao Ministério da Educação que seja anulada a prova de sábado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Caso o governo não atenda à recomendação em um prazo de 10 dias, a Defensoria Pública da União deve entrar com uma ação civil coletiva na Justiça Federal contra a União, fazendo a mesma solicitação. Para o defensor público federal Ricardo Emílio Salviano, a solução encontrada pelo MEC, de aplicar outra prova para os candidatos prejudicados pelos erros no caderno amarelo, não é satisfatória. “Se você vai aplicar uma prova com questões distintas para os demais candidatos, você poderia estar distorcendo o grau de exigência, vai aferir um grupo com uma medida e outro grupo com outra prova, que pode não ter o mesmo grau de dificuldade”, comentou. O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, anunciou que o órgão vai disponibilizar a partir de quarta-feira a página online para os estudantes pedirem a correção invertida das provas do sábado por causa da troca do cabeçalho do cartão-resposta. O prazo para o preenchimento do requerimento vai até o dia 16 de novembro, segundo ele. Para Salviano, a medida é insuficiente. “A simples inversão da correção da prova de uma por outra não é suficiente para sanar as irregularidades, tendo em vista que foi quebrado o princípio da isonomia dos candidatos”, disse: “Não vejo outra alternativa a não ser a anulação das provas de sábado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário