segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Ativistas dizem que Sakineh corre risco de ser executada em breve
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, que atraiu as atenções do mundo inteiro ao ser condenada à morte por apedrejamento sob a acusação de adultério, corre o risco de ser executada em poucos dias, denunciaram ativistas de direitos humanos. De acordo com o presidente da associação Refugiados Políticos Iranianos na Itália, Karimi Davood, a ONG recebeu do Irã informações sobre uma aceleração na execução da iraniana: "Podemos estar na vigília do enforcamento". Davood explicou que Teerã enviou a Tabriz, a cidade onde estão presos o filho de Sakineh, Sajjad Ghaderzadeh, e seu advogado, Javid Houtan Kian, uma ordem para não soltá-los até que seja efetivada a pena. A iraniana havia sido inicialmente condenada à morte por apedrejamento, pena que foi suspensa em agosto, mas autoridades anunciaram em setembro que o castigo havia mudado para o enforcamento. Com isso, passaria a valer o crime mais grave pelo qual Sakineh era acusada, o de ter sido cúmplice no assassinato do marido. Logo depois que a informação foi divulgada, o Ministério de Relações Exteriores iraniano rejeitou que a decisão de executar Sakineh fosse definitiva e garantiu que os procedimentos legais ainda não estavam concluídos. De acordo com Davood, o que o governo do ditador fascista islâmico Mahmoud Ahmadinejad busca é "enforcar Sakineh em segredo e deixar o mundo diante de um fato consumado", o que causa "grande preocupação". A porta-voz do Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Mina Ahadi, afirmou que também recebeu indicações deste tipo.
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