A desigualdade de renda entre as famílias brasileiras caiu entre os anos de 2001 e 2009, aponta pesquisa divulgada na sexta-feira pelo IBGE. Em 2001, as famílias mais ricas do País contabilizavam uma renda, em média, 24,3 vezes maior do que as famílias mais pobres. Oito anos depois, essa proporção caiu para 17,8. Investigando a formação da renda entre os mais pobres, o instituto verificou um aumento expressivo da participação dos programas sociais do governo. O rendimento de uma família pode ter três origens, basicamente: trabalho, pensões e "outras fontes", o que inclui ganhos obtidos por aluguéis, com juros e dividendos além de programas de transferência de renda. A pesquisa do IBGE mostrou que a parcela de "outras fontes" que forma o rendimento das famílias mais pobres aumentou de 4,4% do total, em 1999, para 28%, até o ano passado. Na média nacional, a maior parte (76,2%) do rendimento familiar advinha do trabalho; outros 18,8%, de rendimentos de aposentadoria e pensão, e apenas 5% do total por "outras fontes". A sondagem também mostrou a persistência de várias formas de desigualdade no País, como as diferenças de renda por sexo, raça e região. O rendimento médio das mulheres trabalhadoras, com 16 anos ou mais, era de R$ 861,50 contra R$ 1.218,30 da população ativa masculina, em 2009. Para os pretos e para os pardos, os rendimentos são, pelo menos, 20% inferiores que os dos brancos. E finalmente, enquanto o rendimento mediano foi calculado em R$ 465,00 no País, na região Nordeste esse rendimento foi estimado em R$ 277,00 contra R$ 533,00 na região Sudeste.
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