A companhia norte-americana Hydromine anunciou nesta sexta-feira que está estudando um projeto de um complexo produtor de alumínio em Camarões, orçado em US$ 2,8 bilhões, que incluirá a construção de duas usinas hidrelétricas. A empresa informou que a Eletrobras foi convidada para se tornar uma relevante investidora e operadora do projeto. A usina de alumínio terá capacidade para 500 mil toneladas por ano e as duas usinas vão alimentar o projeto, afirmou o presidente-executivo da Hydromine, Peter Briger. A Hydromine "também contratou a italiana Impregilo e uma construtora brasileira com ampla experiência em projetos hidrelétricos para realizarem estudos de viabilidade e construção dessas instalações", disse o executivo. Oferta escassa de energia tem sido um obstáculo para a indústria de mineração em Camarões e tem interferido nos planos do país africano de diversificar sua economia para além do setor de petróleo. "Caso os estudos de viabilidade para as usinas hidrelétricas se provem positivos, a Hydromine identificou e está em discussão com uma grande produtora de alumínio que expressou interesse em se tornar operadora da fábrica proposta", disse ele. A Hydromine identificou dois locais para as usinas hidrelétricas que, juntas, poderão produzir 1.400 megawatts, uma em Mbakaou, na região de Adamawa, próximo da mina proposta de Ngaoudal; e outra em Kahn, ao norte de Pouma. A Alucam, parceria da mineradora Rio Tinto com o governo de Camarões, também está avaliando a construção de uma usina de alumínio com capacidade para 1 milhão de toneladas anuais, junto com uma usina hidrelétrica de 1.000 megawatts, próxima do porto de Kribi. Uma usina de 300 mil toneladas por ano da Alucam em Edea teve de cortar a produção desde o ano passado por causa da falta de energia. Camarões tem afirmado que espera triplicar a produção de energia no país para 3 mil megawatts até 2020 por meio de uma série de projetos hidrelétricos e térmicos.
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