A ditadura de Cuba vai eliminar mais de meio milhão de empregos até o primeiro trimestre de 2011, em uma tentativa de elevar a produtividade e tornar sua economia mais eficiente, anunciou nesta segunda-feira o sindicato único de trabalhadores, em uma das mudanças de rumo mais importantes decidida pelo governo em décadas. O ditador cubano, o gerontocrata facínora Raúl Castro, já havia anunciado em abril um plano que prevê a demissão de mais de 1 milhão de funcionários públicos nos próximos cinco anos, como parte de suas reformas moderadas para melhorar a produtividade do trabalho e elevar a qualidade dos serviços. "Dentro do processo de modernização do modelo econômico e das previsões da economia para o período de 2011-2015, está prevista a redução de mais de 500 mil trabalhadores do setor estatal", disse a Central de Trabalhadores de Cuba. "O calendário para a execução do plano foi traçado pelos organismos e empresas até o primeiro trimestre de 2011", acrescentou a central. O Estado é o maior empregador em Cuba (para não dizer o único), e a decisão de eliminar 20% de sua força de trabalho deixa muitos trabalhadores na incerteza em relação a seu futuro. O governo assegurou que ninguém ficará desamparado e ofereceu recolocar os funcionários excedentes em outros setores que historicamente são deficitários de mão-de-obra no país, como a agricultura, a construção, a educação e a polícia, entre outros. Ou seja, a ditadura cubana está pretendendo aplicar uma espécie de modelo cambojano no País. "Nosso Estado não pode nem deve continuar a manter empresas, entidades produtivas, com orçamentos inflados e prejuízos que prejudicam a economia", assinalou o documento. Segundo o texto, a Central de Trabalhadores disse que foram anunciadas várias medidas que abrangem desde eliminar o estudo como forma de emprego e a aposentadoria antecipada até a modificação dos salários dos trabalhadores excedentes (vale dizer, a redução salarial). Mesmo assim, para absorver os futuros desempregados, serão criadas outras alternativas de emprego, como "o arrendamento, o usufruto, as cooperativas e o trabalho por conta própria, para onde vão se deslocar centenas de milhares de trabalhadores nos próximos anos", segundo o documento. Esse é o modelo do PT e de Lula.
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