Os contratos habitacionais da Caixa Econômica Federal que tiveram como fonte de financiamento os recursos do FGTS, também estão sendo avaliados na securitização da carteira de crédito do banco. "Nada está descartado. Estamos iniciando o processo e fazendo análises. A questão de securitizar fundo de garantia passa muito pelas condições de juros que existem na economia", afirmou Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, lembrando que os empréstimos usando essa fonte de recursos têm juros baixos, logo vão oferecer um retorno menor para o investidor. A taxa básica de juros da economia, a Selic, por exemplo, está em 10,75% ao ano. "A atratividade desse papel é uma coisa que talvez seja possível se tiver um mix de financiamento. Isso vai ser medido justamente no nosso primeiro lançamento, mas não tem nada descartado. Estamos muito fortes nessa direção", completou o executivo. De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, 50% da carteira de crédito de R$ 84,9 bilhões está lastreada no FGTS e 49%, em recursos da poupança. A inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, permanece em 1,5% há sete meses. A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado de capitais. O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as características do financiamento, descontados os custos e o ganho do banco.
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