Um princípio de incêndio atingiu a plataforma P-35, da Petrobras, situada na bacia de Campos, na manhã desta quarta-feira. Segundo a Capitania dos Portos, o problema ocorreu na linha de saída de vapores da unidade e foi rapidamente controlado. O acidente ocorre em meio a denúncias de má conservação e falta de manutenção em equipamentos das unidades. Plataformas da Petrobras nas bacias de Campos e Santos apresentam falhas de segurança e superlotação, acusam petroleiros. De acordo com o sindicato dos petroleiros do norte fluminense, onde fica o principal polo produtor de petróleo do país, 30 das 45 plataformas da estatal na região têm algum problema que coloca em risco os trabalhadores. Diretor do sindicato, Marco Breda, lista as plataformas fixas em atividade desde o início da década de 80 e os navios convertidos em meados dos anos 90 como os que estão em piores condições. É o caso da plataforma P-33, inspecionada na terça-feira pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e pela Marinha. Ele relatou que um petroleiro chegou a se ferir de forma mais grave na plataforma P-35, depois que o piso se rompeu. Na P-33, trabalhadores relataram vazamentos de gás e camarotes superlotados e com acúmulo de lixo, por diminuição de pessoal de manutenção da hotelaria. Na bacia de Santos, há problemas de superlotação na plataforma de Mexilhão, que está em obras, de acordo com o sindicato local. "A capacidade é para cem pessoas, e eles estão colocando 200 lá dentro. Tem trabalhador que não dorme mais na plataforma, mas, sim, em navios", afirma Edgar Palhari, diretor do sindicato.
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