O empresário Eike Batista estimou que o potencial das reservas da OGX Maranhão, sociedade formada entre a OGX e a MPX Energia, seja de 10 trilhões a 15 trilhões de pés cúbicos de gás, o equivalente a 15 milhões de metros cúbicos por dia. "É meia Bolívia. É metade do que o país entrega para o Brasil pelo gasoduto Brasil-Bolívia", afirmou o empresário nesta quinta-feira. O Gasbol, como é conhecido o gasoduto, tem capacidade de transporte diária de 30 milhões de metros cúbicos. Segundo Eike, são produzidos diariamente, no País, cerca de 60 milhões de metros cúbicos de gás. "Os 15 milhões de metros cúbicos que estamos querendo produzir seriam 25% da produção diária brasileira", acrescentou Eike Batista. De acordo com fato relevante divulgado nesta quinta-feira, a OGX Maranhão identificou a presença de hidrocarbonetos no poço OGX-16 na bacia do rio Parnaíba e testes apontaram "para altas pressões e presença de gás natural". A OGX Maranhão, sociedade formada entre a MPX Energia S.A. (33,3%) e a OGX S.A. (66,6%), é a operadora e detém 70% de participação nesse bloco. Os outros 30% são da Petra Energia S.A. "Essa descoberta abre uma nova fronteira exploratória em uma bacia terrestre, fato que não ocorria há aproximadamente duas décadas no Brasil" comentou Paulo Mendonça, diretor geral da OGX. Conforme dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), no ano passado, as reservas provadas de gás natural ficaram em torno de 357,4 bilhões de metros cúbicos, um decréscimo de 1,8% em relação a 2008. Entre os anos de 1964 e 2009, as reservas provadas de gás natural cresceram a uma taxa média de 7,1% ao ano. A evolução das reservas de gás no País apresenta um comportamento muito próximo ao das reservas de petróleo, porque, na maior parte dos atuais campos em produção, o gás está associado ao petróleo.
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