A OGX vai contratar em até três meses a sua segunda plataforma para instalação nos primeiros campos da empresa que entrarão em produção, Waimea e Vesúvio, na bacia de Campos, informou o diretor geral e de exploração e produção da empresa, Paulo Mendonça. Ele disse que o esquema de afretamento será o mesmo da primeira plataforma, com compra ou arrendamento pela OSX, empresa de estaleiros do grupo EBX, do empresário Eike Batista. A capacidade da unidade vai depender da disponibilidade do mercado: "Vamos precisar de 19 plataformas e só temos uma, estamos procurando mais uma, está em fase de avaliação". A previsão da OGX continua sendo começar a produzir no primeiro semestre de 2011 nos campos de Vesúvio e Waimea, nos quais foram encontrados indícios de hidrocarbonetos com uma média de 22 graus API. Esses campos também deverão ser os primeiros declarados comercialmente viáveis pela empresa, o que está previsto para entre o final de 2011 e início de 2012. O diretor voltou a comentar que a falta de leilões no Brasil está levando a empresa para fora do País e que, depois da Colômbia, onde participará em junho de uma licitação de blocos em terra, a tendência da empresa é se voltar para o oeste da África. "Só vamos onde conhecemos bem", afirmou o executivo, referindo-se à parte ocidental da África que já foi unida ao continente brasileiro, tendo por isso uma formação geológica parecida. O objetivo da empresa no entanto é se concentrar no Brasil, e mesmo que a 11ª rodada de licitações de áreas petrolíferas do governo brasileiro, ainda sem data marcada, ofereça apenas blocos em águas rasas ou em terra, a intenção é participar. Depois de perfurar com sucesso as bacias de Campos e Santos, a OGX parte agora para a bacia Pará-Maranhão, região já prospectada pela Petrobras, empresa na qual Mendonça fez carreira. Apesar da Petrobras não ter realizado nenhuma descoberta no local, a OGX aposta na região, uma vez que as características geológicas presentes são similares às da plataforma continental de Gana (oeste da África), onde houve importantes descobertas de petróleo leve nos últimos anos. "Vamos fazer de 2 a 4 poços a partir de dezembro deste ano ou janeiro de 2011", informou. Outra área promissora, na avaliação de Mendonça, são os blocos comprados na bacia do Parnaíba, cuja licença ambiental para perfuração foi recebida na quarta-feira.
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