As estudantes que afirmam terem sido contratadas como funcionárias fantasmas do Senado Federal fizeram uma nova denúncia: elas apresentaram documentos para mostrar que o nome de uma delas foi usado para antecipar o recebimento de uma restituição do Imposto de Renda. O depoimento na Polícia do Senado durou oito horas. Segundo Kelriany Nascimento da Silva e Kelly, os salários pagos pelo Senado Federal, que seriam de R$ 3.800,00 por mês, eram depositados em contas bancárias abertas no nome delas, mas elas nunca botaram a mão no dinheiro e desconheciam a existência das contas. No extrato da conta de Kelriany aparecem duas transferências de R$ 1.000,00 para a conta de Nélia Conceição Bicalho. Nélia é funcionária do gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB) e mãe de Mônica da Conceição Bicalho, ex- funcionária de Efraim e apontada por Kelly e Kelriany como a pessoa responsável pela fraude. Kelriany disse, também, que foi feita uma declaração de Imposto de Renda no nome dela e apresentou outro documento, um pedido ao banco de antecipação de restituição de imposto, de pouco mais de R$ 1.600,00. “Foi autorizada a quebra do sigilo bancário, onde a própria Polícia Legislativa vai poder requerer e retirar os documentos junto aos bancos desde a abertura da conta. bem como a quebra do sigilo funcional. Eles vão poder pegar toda essa documentação que foi supostamente assinada por elas”, disse o advogado das estudantes, Geraldo Faustino. No depoimento, Kelly e Kelriany reafirmaram que nunca trabalharam para o senador Efraim Morais. Kelriany explicou que no período em que deveria estar dando expediente no gabinete, fazia estágio em postos de saúde, em tempo integral, como parte de um curso profissionalizante.
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