A defesa do terrorista Cesare Battisti espera que o presidente bolivariano Lula mantenha o italiano no Brasil. Segundo o advogado Luís Roberto Barroso, o presidente não deve seguir o entendimento do Supremo Tribunal Federal e extraditar Battisti devido ao tratamento que o terrorista deve ser submetido na Itália. "Acho que diante de um tribunal dividido, diante das circunstâncias pessoais pelas quais esse homem vai ser submetido na Itália onde o ministro da Defesa declarou sem reservas que se pudesse iria torturá-lo, quero confiar que o presidente da República vai decidir no sentido de não entregar Cesare Battisti. Não corresponde ao perfil do presidente Lula entregar uma pessoa a outro país para cumprir pena nessas condições, depois de um julgamento à revelia", afirmou Barroso. Já o advogado da Itália no caso, Nabor Bulhões, defendeu que o presidente Lula cumpra a decisão do Supremo de extraditar Cesare Battisti, respeitando acordo de extradição firmado entre os dois países. "Se o chefe do Executivo descumprir o tratado, é como se descumprisse uma lei interna, e no plano internacional descumpre princípios e regras de profundidade significativa no plano da confiabilidade das nações", afirmou Bulhões.
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