quarta-feira, 8 de julho de 2009
Lixo que chegou a Rio Grande deve retornar à Europa
A Procuradoria da República no município de Rio Grande solicitou à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar as responsabilidades sobre a importação de aproximadamente 740 toneladas de lixo doméstico proveniente da Inglaterra. Uma reunião preliminar foi realizada entre o Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal, no sentido de articular o trabalho conjunto entre os órgãos públicos. O lixo, que chegou ao Brasil entre fevereiro e maio deste ano, foi embarcado no porto de Felixtowe, Inglaterra, fazendo escala em Antuérpia, na Bélgica. A procuradora da República em Rio Grande Anelise Becker informa que também já remeteu ofício à Câmara do Meio Ambiente da Procuradoria Geral da República, em Brasília, solicitando que seja feito um contato com o Ministério das Relações Exteriores, no sentido de que este informe o Reino Unido sobre os fatos, para que providencie o retorno do lixo à sua origem. No total foram identificados 40 contêineres no Porto de Rio Grande, o equivalente a oito contêineres (com o lixo já retirado) em Caxias do Sul, e mais 16 contêineres no porto de Santos, em São Paulo. A carga deveria conter polímeros de etileno (produto utilizado como isolante térmico na fabricação de plástico) para reciclagem, mas estava repleta de lixo doméstico. Há muito tempo é do conhecimento de procuradores da República, em Porto Alegre, que o Estado do Rio Grande do Sul é alvo da ação de máfias européias do lixo. Foi informado a procuradores que a máfia italiana do lixo está instalada no Rio Grande do Sul. Mais: há muitos anos entra lixo vindo do Exterior no Rio Grande do Sul. É fato comprovado que o lixão da Utresa, em Estância Velha, depositava lixo chegado da Europa na sua famigerada Vala 7. É fato comprovado que a famigerada Vala 7 contém contêiner inteiro enterrado nela. E é fato comprovado que essa famigerada Vala 7 contém milhares de galões contendo o ultra famigerado óleo ascarel, um óleo carginogênico. Entretanto, nenhuma medida é tomada pelas autoridades estaduais e federais. O que estão esperando, um monumental desastre ao estilo baía de Minamata, no Japão? Jackson Muller, ex-diretor técnico da Fepam, atua na Utresa como interventor técnico judicial designado pelo juiz Luis Filomena, e pelo promotor Paulo Vieira, de Estância Velha. Tânia Jungbluth, advogada de Jakson Muller, assumiu a defesa de Jaime Schneider, ex-secretário municipal de Planejamento da administração petista de Estância Velha, braço direito e esquerdo do ex-prefeito petista Elivir Desiam (o Toco). Jaime Schneider está denunciado em processo pelo crime agravado de mando de assassinato do colunista Mauri Martinelli, atentado que foi executado pelo pistoleiro Alexandre Ribeiro. Jaime Schneider é “fraterno amigo” do juiz Luis Filomena e do promotor Paulo Vieira. Jaime Schneider recebia “mensalão” de 5 mil reais do ex-dono da Utresa, engenheiro Luiz Ruppenthal. Quando os procuradores federais vão se mexer?
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