O presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi, defendeu na sexta-feira a abertura de capital da empresa estatal que administra os aeroportos brasileiros, mas se manifestou contrário à privatização de alguns aeroportos. "Não há definição e nem estudos de definição. Sou francamente favorável à abertura de capital, porque a Infraero funciona como uma grande autarquia. Temos todas as teias e limitações da administração direta. Diria que é impossível administrar 67 aeroportos, em um continente de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, como uma autarquia. Não há exemplo disso no mundo", afirmou ele. Gaudenzi ressaltou que a Infraero deve ser, de fato, uma empresa, sem que se perca o controle estatal. Ele citou a Petrobras como exemplo do modelo por ele defendido. "A injeção de capital oxigena a empresa, enseja uma fiscalização pró-ativa, que é a fiscalização do acionista. Ele fiscaliza de maneira muito mais eficaz do que qualquer órgão fiscalizador", ressaltou. Com a abertura de capital, Gaudenzi mencionou que a Infraero poderá se internacionalizar, passando a operar em outros países. Atualmente, o estatuto da companhia não permite isso. "A Infraero tem uma expertise na área que permite isso. A América do Sul é um mercado óbvio, diria que a África, que começa a usar muito a aviação, também. Teremos chance de levar a empresa a operar em outros países", observou Gaudenzi". Ele afirmou que a Infraero pretende investir neste ano bem mais que os R$ 573 milhões empregados ao longo de 2007.
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