Os cinco playboys cariocas acusados de espancar a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho em um ponto de ônibus, no Rio de Janeiro, em junho de 2007, foram condenados na sexta-feira pelo juiz Jorge Luiz Le Cocq D'Oliveira, da 38ª Vara Criminal. Um deles foi condenado a cumprir pena em regime inicialmente fechado, e os outros quatro, em regime inicialmente semi-aberto. O condenado a cumprir sete anos e quatro meses de prisão em regime inicialmente fechado é Rodrigo dos Santos Bassalo da Silva. Ele tinha antecedentes criminais por roubo com uso de arma de fogo. Ele ainda pagará 80 dias-multa. Já Felippe de Macedo Nery Netto e Rubens Pereira Arruda Bruno cumprirão seis anos de prisão em regime inicialmente semi-aberto e pagarão 40 dias-multa; e Leonardo Pereira de Andrade e Julio Junqueira Ferreira cumprirão seis anos e oito meses de prisão em regime inicialmente semi-aberto e pagarão 60 dias-multa. Cada dia-multa equivale a dois salários mínimos. Nery Netto é o único dos cinco acusados que poderá recorrer em liberdade, por força de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça. Ele alega que não participou diretamente da agressão à doméstica porque ficou dentro do carro. Os outros ficam presos. Os quatro foram condenados por roubo com concurso de pessoas. Na madrugada do crime, Sirlei estava em um ponto de ônibus da avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), perto do apartamento onde trabalha e mora, por volta das 4h30. Ela tinha saído cedo para ir a uma consulta médica, quando cinco rapazes desceram de um Gol preto. Os jovens começaram a xingá-la, arrancaram a sua bolsa e começaram a chutá-la na cabeça e na barriga, conforme depoimento à Polícia Civil. Eles ainda fugiram levando pertences de Sirlei, como o telefone celular e a carteira com R$ 47,00. Um taxista testemunhou a ação e denunciou o bando de filhinhos de papai da Barra da Tijuca. Mas, devido à brandura das leis penas brasileiros, todos os playboyzinhos estarão soltinhos da silva em pouco mais de um ano, se chegar até lá. Ou seja, outros garotões brasileiros poderão espancar empregadas domésticas, porque não pega nada. Ou quase nada.
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